Uma pesquisa divulgada por profissionais da USP – Universidade de São Paulo recentemente elencou as companhias consideradas mais humanizadas e que conseguem alcançar lucros e resultados praticando a humanidade no Brasil. Não por acaso, todas elas praticavam o capitalismo consciente em suas ações. (veja a listagem no final desse artigo).
O levantamento é inédito e foi realizado pelo pesquisador Pedro Paro com o apoio de Rodrigo Caetano, jornalista. Os pesquisadores levaram em consideração os principais personagens dentro de qualquer empresa: colaboradores, consumidores e investidores.
Mas afinal de contas, o que é capitalismo consciente?
Pois bem, o conceito de capitalismo consciente nasceu juntamente com um movimento global iniciado nos Estados Unidos, a partir de uma pesquisa realizada para perceber como determinadas empresas mantinham sua reputação inabalada e fidelizava seus clientes sem realizar altos investimentos em publicidade ou marketing.
Durante esses estudos ficou fácil perceber semelhanças entre as práticas de condução dos negócios que, fatalmente, integrava e criava diferentes valores para todas as partes interessadas (funcionários, clientes e investidores). Dentre esses valores é possível citar os de caráter intelectual, financeiro, ecológico, social, ético, emocional, físico e espiritual.
Sendo assim, o capitalismo consciente é uma cultura em desenvolvimento aplicada em negócios inovadores que não se limitam apenas à geração de receitas, lucros e rendas, ou seja, é utilizado por empresas que direcionam seus olhares e esforços à promoção do bem estar comum e social. De certa forma o modelo está aí para demonstrar que as preocupações de caráter social não devem ficar restritas ao setor público ou ONG’s.
O que leva uma empresa a começar a praticar o capitalismo consciente?
Imagine que uma empresa qualquer lance um produto semelhante ao produto da marca de sua preferência; entretanto, essa empresa qualquer apóia uma boa causa, como a preocupação com a degradação crescente do meio ambiente ou com a erradicação da miséria. Nesse caso, você consideraria mudar de marca?
Atualmente, fazer o bem ao próximo é um ótimo negócio, e esse é um dos motivos que levam as empresas inovadoras a usar o capitalismo consciente para alcançar o amor que ainda existe no mundo. Este modelo pode auxiliar as autoridades a amenizar os problemas da humanidade e alcançar os objetivos do milênio e do Pacto Global.
Além do mais, é importante lembrar que as empresas devem se conscientizar de que a solução da maioria dos problemas sociais não será possível sem a participação ativa do setor privado empresarial.
Quais os objetivos do capitalismo consciente?
O capitalismo tradicional, nos moldes atuais, está com os dias contados. Especialistas acreditam que o capitalismo atual é um sistema falido, mas registram ressalvas de defesa às outras formas de capitalismo que tem a capacidade de construir um mundo mais justo e sem efeitos colaterais. Veja abaixo outros objetivos do capitalismo consciente.
- Diminuição da desigualdade
- Contribuição para o bem estar social
- Impactos positivos ao meio ambiente
- Poder de inclusão e pertencimento
- Fortalecimento da marca
- Geração de lucros
Vale lembrar que o capitalismo consciente não se trata de uma revolução socialista ou comunista, muito menos de um novo sistema de relações econômicas. Trata-se da importância de uma nova leitura do relacionamento com o capital para manter um sistema primordial para a evolução social e econômica do mundo.
E antes que nos esqueçamos, segue a lista com as empresas nacionais mais humanizadas apoiadas no capitalismo consciente. Convém lembrar que a ordem da lista não se trata de uma classificação ou ranking.
- Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein
- Starbucks
- Bancoob
- Grupo Boticário
- Braile Biomédica
- Cacau Show
- Cielo
- Clearsale
- Elo 7
- Johnson&Johnson
- Grupo Jacto
- Klabin
- Malwee
- Mercos
- Multiplan
- Natura
- Reserva
- Tetra Pack
- Raccon
- Unidas
- Unilever
- Venturus
- Toca